Passatempo!
Bisbilhotar a vida alheia, é um grande passatempo. Tanto que o Big Brother Brasil, na sua quarta edição, continua fazendo um grande sucesso. Ver pessoas enjauladas numa casa feito porcos em chiqueiros, aguça a curiosidade do público.
O BBB movimenta muito mais do que R$ 500.000. Num desses paredões do programa, o numero de ligações passou os 13 milhões de votos. Se fizermos os cálculos, com cada ligação ao custo de R$ 0,27, o montante arrecado é de R$ 3,5 milhões. Se fosse feito filantropia com esse dinheiro, aposto que o Fome Zero deslanchava de vez.
Não podemos esquecer que o BBB é um jogo. O esteriótipo de bonzinho, amigo de todos, dizer que precisa mais do dinheiro que o concorrente, não funciona. Ganha o mais esperto, àquele que é malandro, o que sabe fazer joguinhos, que tem carisma e diverte o público.
Foi o caso, de Kleber Bam Bam e Dhomini que ganharam o BBB em edições anteriores. Malandragem não faltou para eles. Conquistaram o povo com suas traquinagens. Mas dos homens que ficaram na casa, não vejo nenhum "malandrão".
Eu gosto de ver mesmo a frentista Solange e a babá Cida, soltando às suas "pérolas" durante o programa. Ver Solange falando "brusinha" e Cida dizendo que ia votar por "afinação" ou ainda Solange não saber que os EUA são um país, é o que faz eu assistir com gosto o BBB4.
Não é fazer chacota da ignorância alheia. Pelo contrário, o papel deles é exatamente esse: macacos de circo que divertem a platéia. Que no caso somos nós. Eles não fazem isso de graça, além da fama instantânea, concorrem a uma bolada de R$ 500.000.
Realmente essa edição está mais parecida com "uma novela da vida real", as diferenças socias estão mais acentuadas. Os humildes tem mais "afinação" entre si. Ocorrendo o mesmo com os mais favorecidos. Isso apimenta o programa.
Torço para que uma mulher ganhe, de preferência que seja Cida, não pelo fato de ela se mostrar pobre, mas por ser a participante que mais me diverte. O programa é uma autêntica vitrine. De um lado Mama, elitizada com sua leve depressão, do outro Cida, pobre e ignorante. Um retrato fiel do Brasil.
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