A culpa é do pajé
Não se preocupem, ainda não morri! Estou aqui, depois de umas aventuras meio loucas...
A culpa pelo meu, falso sumiço (sempre há um culpado...) é daquele Pajé metído a poliglota, que mal sabia falar português. Achei o tal, de nome Genézio, escorado numa mesa de bar. O maldito era traficante de pinga e bebeu uma erva que o fez sumir do mapa.
Fiquei abismado com pajé "mister M". Revirei seus bagulhos, no meio dos litros de pinga, havia uma carta endereçada; com um outro tipo de erva. Descrevo os dizeres:
Vendi os litros de pinga contrabandeados, o que deu para eu comprar uma passagem. A viagem seria ótima, mas veio aquela velha "sovaquenta" sentar justo no meu lado, fora os pneus carecas do ônibus que furaram 3 vezes. Ao descer do busão vi que estava inteiro e meu olfato ainda estava funcionando. Balneário cheia de gente, o pior, ninguém conhecia aquela praia que o pajé morava, digo se escondia.
Ok. Pra que stressar? Praia e uma cerveja pra relaxar. Andando no meio daquela gentarada, olhando a bunda daquele mulheril, achei o Guga (sim o Guga!) no meio de um monte de argentinos, dando um trato na Antonela do BBB4. Os hermanos me chamaram (eles acham que todo cabeludo é da família) pra beber uns tragos.
Guga que já estava "milhão" berrou: - Vamos dar um pega na "Maria Joana" (vulgo maconha). De repente todos os olhares estavam direcionados a mim. Bom, eu tinha a erva do pajé, estava curioso para saber os efeitos, falei pra cambada bêbada: Si! Yo tengo, és buena!
Entreguei a parada para um argentino sabidão que em dois toques enrolou um baseado. O Guga grita novamente: - Paulistinha, uma bola e cruza! Todos já tinham dado um tapinha, menos eu que esperava ver a reação. Até que um argentino começou a flutuar, Antonela não parava de falar Braciiilll!! Já o Guga, estava com seus "gritinhos duvidosos", (os mesmos que ele dá em quadra) tinha ido embora depois de levar ums puxões de orelha do Larri Passos.
Tudo estava engraçado até chegar "os homê". Eu que não tinha fumado a bagacinha do pajé, levei geral de graça junto com o bando de argentinos. A ordem era para que saissemos da cidade durante à tarde. E foi o que fizemos, embarcamos numa Kombi fudida. Bom, eu, ganharia carona até Curitibanos. Meu espanto foi ao entrar: o veículo estava armado até os dentes. O que fazer? Ih! Tinha entrado numa fria, no caminho eles foram me contando tudo! Eram terroristas da Al-Qaeda. Só foram à Balneário Camboriu trocar ópio por maconha que é mais fácil passar na fronteira.
Bah... mas até que a rapaziada era gente boa, ensinei eles a jogar truco, aprenderam rapidinho. Não é que os caras também curtiam um System of a Down! E a cerveja rolando solta. Sim eles me viam como um irmão. O tempo passou ligeiro, quando vi, já estavamos na tríplice fronteira.
Só dá neguinho muambeiro naqueles lados, perguntei pro Chispirito, que tinha uma puta barba roxa (uma espécie de terrorista-islâmico-punk) qual seria o destino... estavamos a caminho da entrega.
Olha o lugarzinho mais manjado: um prédio abandonado. O espanto foi ao entrar. Dei de cara com Osama Bin Laden! Sim lá estava o malandro, bebericando uma caipirinha, no meio de uma puta mais feia que a outra. O homem vivia na esbórnia, depois de uma injetada de lsd Bin já tava vendo Alá por todos os lados...
Tá, fiquei na minha, afinal era um mero desconhecido. Até chegar Hugo Chaves. A encomenda era pra ele. O tratado era trocar maconha por petróleo. Não acreditei... já tava pensando na recompensa que os "estates" iam me dar. Até o Bin Laden me chamar...
Ele usava um daqueles fones de teleconferência. Chispirito me alertou que o patrão queria aprender a jogar truco. E lá estavamos nós: Eu e Chispirito, contra Osama e Chaves. Como não sou bobo, peguei meu velho baralho viciado. E só jogava apostando, em dólares claro.
A jogatina correu solta por umas 3 horas. Tinha pelado o Bin Laden e muito alegre com meus 500,00 dólares no bolso. Até eu me irritar com o Hugo. O filha da puta aprendeu a trapacear. Mandei ele tomar no cu, e chamei de demagogo ducaralho! Ainda falei para o Bin Laden que só tem terrorista meia-boca, já não se faz mais terroristas como antigamente... Pra quê?
Osama que escutava tudo com aquele foninho (parecia uma daquelas telefonistas da Brasil Telecom) tomou partido do seu camarada de jogo. Ih... todo mundo se tacando no pau. De repente vi uma corda pendurada no meio do salão do prédio (lembrei da musiquinha do Missão Impossível...)
Dei um salto, que nem eu acreditei; passando por cima da cabeça de todos, para a alegria geral da nação consegui acertar uma bica na boca do Bin Laden, quando vi já estava na saida (ou entrada?) do prédio.
Depois de andar alguns metros, achei um caminhão de soja, não pensei duas vezes: subi na carroceria. Depois de algumas horas de viagem, muitos cigarros fumados, nadando em soja, (me senti o tio Patinhas) desembarquei em Curitibanos.
Em casa todos com cara de velório. Mamãe em prantos, tinha chamado o Black e o Ciro. Arregalaram os olhos ao me ver. Quando comecei a contar essa mesma história descrita para vocês, todos começam a rir. O Black já me sai com um "se ligue loco!" Cirão doido pra jogar Counter-Strike. E mamãe rindo, perguntando se tava tudo bem.
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