Simbiótico

terça-feira, março 30, 2004

A paixão de Cristo segundo Gibson



A grande tacada de Gibson: o épico-religioso A paixão de Cristo é controverso. Narra numa visão "hiper-realista" as ultimas 12 horas de vida de Jesus, antes da crucificação. Já foi abençoado, pelo grande enfoque dado pela mídia, de quebra arrebanha mais cristãos e aumenta as calorosas discussões em torno do filme, taxado de anti-semita.
Gibson não peca, a começar pelo seu grande "ato de fé e irmandade". Tirou do próprio bolso 25 milhões de dólares gastos na produção. Conseguiu arranjar um ator, com as mesmas inicias de Cristo: Jim Caviezel. E pegou a versão que após ter assistido, o Papa teria dito que "mostrou o que aconteceu". Claro, o lançamento na Quaresma, a melhor época para falar da paixão de Cristo. Com essa estratégia, duvido que haja um cristão, que não se sinta tocado pelo "sangue" de Jesus.
Agora, não da para entender os judeus. Eles tem mania de perseguição, o filme que não os mostre definhando em campos de concentração, é considerado anti-semita. Simples, quem entregou Jesus Cristo foram os líderes judeus. Pôncio Pilatos lavou as mãos, porque Roma não queria mártires, a culpa pela morte de Cristo é dos tais líderes.
Edir Macedo, deveria fazer o filme na versão brasileira. Nos primeiro cinco dias de exibição nos EUA, o filme arrecadou nada menos que US$ 117 milhões. Verdadeiro recorde, provando que a fé, "move" montanhas... de dinheiro. E não pára por aí. As previsões são muito otimistas, "A Paixão..." poderá arrecadar mais de US$ 400 milhões.
Tudo é somado. A tranformação duma grande personalidade do ocidente em banal produto hollywoodiano, pôlemica, bom marketing, são os itens que fazem o manto sagrado do filme. Se Deus quiser, A paixão de Cristo ganhará "12 estatuetas", superando Ben Hur, Titanic e Senhor dos Anéis - O retorno do rei. Há essas horas Gibson já deve estar acendendo velas e rezando muito. Glória, glória Jesus!


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