Natal, o começo da Via Crucis

O Natal é uma data marcada pelo clichê. E a comemoração que menos contém cultura brasileira. Simbologias, muita ilusão e lembranças de natais passados, marcam o nascimento de Cristo. Entretanto, alguns conceitos natalinos, carregam um sentido mais amplo. Como paz, amor e união. Todavia é somente nesta época que, deixamos à mostra esse ideal hippie. Comemorações de Natal é sinônimo de mesmice.
Entretanto, é nele que encontramos, através de querubins alados, nossa verdadeira razão de ser. Até a véspera natalina, somos todos alienados. Nem o especial do rei, Roberto Carlos – o Elvis que não morreu -, passa batido. Com musicas de refrão surrado, sucessos de décadas passadas. As novidades são os apócrifos, eternamente contestados. E nem de longe arranha a imagem de Cristo, na maior nação católica. Tudo dentro dos conformes.
Na ditadura do Papai Noel, a palavra de ordem é obrigação, seguindo sempre à simbologia natalina. É quase uma obrigação presentear amigos, parentes chegados. Obrigação de mostrar-se feliz e radiante, ouvindo frases melancólicas como: então é Natal, e o que você fez? Obrigação de reunir a família para que haja um espírito de confraternização. Carpe diem, é Natal. Com Noel-hora e Noel-dia marcados. Parecendo tão postiço como a barba do velhinho.
Porém nem só de obrigação se faz um Natal e nem só de pão vive o homem. E frutos dos trópicos não são bem-vindos na ceia. O gostoso é ser glutão, e esbaldar-se. Mesa farta, repleta de nozes, damascos, rabanada, chester e panetone. Sendo que o mais autêntico nas festas de final de ano, no Brasil, é comer cabeça de porco no natal e jogar flores à Iemanjá na virada do ano.
Depois, ter saúde pra dar e vender porque ainda tem o Carnaval. Muito dinheiro no bolso para pagar IPVA, IPTU e os presentinhos comprados em oito vezes, com o primeiro pagamento só em março. O grande pecado do Natal é a luxúria e a falta de criatividade. E, para uma grande parcela da população, é apenas o começo da Via Crucis.


*Artigo meu publicado no Jornal A Semana

E o vestiba...

Semana passada, prestei o vestibular da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina - para o curso de Jornalismo. Mandei relativamente bem. Fiz uma pontuação acima de 8,0 em: História, Geografia, Espanhol e Gramática. Em compensação, na área de exatas, não consegui fazer uma média tão boa. Logo, não passei no vestiba.
Muita gente acha a prova do vestibular difícil. Entretanto, nenhuma prova é difícil quando a gente possui o conhecimento. Difícil mesmo é assimilar o conteúdo de oito matérias. E o que torna esse processo mais estressante, é ter que estudar matérias que o seu curso não dará ênfase.
À UFSC estuda a possibilidade de fazer seu vestibular em duas etapas. À primeira uma peneira e à segunda direcionada para a área pretendida. Assim como já faz a UDESC – Universidade do Estado de Santa Catarina. O que eu realmente creio ser o mais justo. Mas, infelizmente, essas mudanças não ocorrem de uma hora para outra.
Passado o vestiba, posso dar um time na rotina de estudos. Terei mais tempo para me dedicar há algumas coisas que deixei em segundo plano. Por exemplo, meu blog. Provavelmente irei atualizá-lo com mais freqüência.

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Febre cerebral:
Os neurônios fervem
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