Tim Maia e Planeta Atlântida

Tim, meu velho. Ainda lembro-me daquela noite, na qual eu recém tinha tomado banho, e tomava sopa assistindo o Jornal Nacional, com os pés estirados no sofá. Minha mãe nunca gostou desse meu péssimo hábito. Era, eu e o sofá. O sofá e eu. Mas isso não vem ao caso.
Como dizia, lembrei daquela noite. De repente, veio à fatídica noticia, comentando o seu mal estar, em pleno o palco. Aquela gentarada, na platéia, se olhando com cara de tacho. E você, meu irmão, foi de encontro ao chão. Acabei me dando conta que você era um cara de cacife. Ficou gravado na minha memória. Tim Maia. Bah, dias depois, tu bateste às botas. Saiu em tudo que é jornal. Com aquelas frases prontas, estilo marmita: “o Brasil chora a perda do seu astro”.
E agora, dias atrás, chegou-me aos ouvidos que, a sua ultima apresentação em publico, antes do seu falecimento, foi no Planeta Atlântida. Pois é, meu velho. Você apresentou-se no primeiro Planeta e, neste ano, aconteceu a oitava edição do evento, lá em Floripa. Acabou ontem. Uns camaradas que marcaram presença me falaram que rolou uma baita festa, também não era pra menos, com shows de: Lulu Santos, Ira!, Marcelo D2, O Rapa e Zeca Pagodinho. E Floripa nesta época do ano...
Fazer o quê? Você morreu, o Planeta acabou ontem. E eu curto o som de todos esse malucos que tocaram lá. Como diz a musica do Zeca Pagodinho: deixa a vida me levar, vida leva eu...