Carniça
E o gigolô está lá
Com a boca entupida de farofa
Passando a mão no lombinho
Com os ovos mexidos
Pronto para mais uma refeição.
A vadiagem arrota, as profecias do inferno
Abrindo as tripas do velho
Com agilidade de açougueiro
Atacado e abatido
Por apenas um real.
Enquanto a menina lava os pratos
Vendo seu mundo cor-de-rosa
Estourando
Nas cintilantes bolhas de sabão
Se esvaindo todo, com a água encardida
E mais alguns dejetos no ralo sujo pia.
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