Resquícios da boa malandragem
Meu Tio Madé é um cara com trinta anos de praia e outros quarenta e tantos de idade. Mas ainda conserva o espírito moleque, sem nenhum sinal de ranço. Sua casa sempre tem dois ou três gatos pingados pra jogar conversa fora. Vez ou outra recebe a visita de algum sobrinho folgado. E toda semana ganha pelo menos duas vezes no jogo do bicho. Hoje em dia, leva uma vida mansa, por estar há mais de dez anos casado com a irmã da minha mãe.
Mas antigamente, para se dar bem nas noites de boêmia, resolvia assumir a identidade de Delegado de Policia. O lance, segundo ele, pegava. As donas de bordel, com medo de ver seus estabelecimentos lacrados pela “autoridadi”, mandavam o melhor uísque da casa para o “Doutor Caju” e os policiais que andavam com ele a paisana – os amigos. As “frangas” mais jeitosas passavam primeiro pela “aprovação” do Doutor. Quando não estava na sua posição de homem da lei, esperava longas tardes a beira mar, um “broto” que valesse a pena passar. Apenas para bater um papo sem “segundas intenções”, porque ele estava num momento de “profunda solidão”.
Apesar de toda historia ser aumentada, posso dizer que o cara é um desses malandros aposentados. “Que nunca usou a navalha. Tem mulher e filho e casa e tal. E mora lá longe na praia”. Isso pra poder parodiar a musica do Chico Buarque. Porque sinceramente, quando vou pra lá, nunca perco a viagem. Sem duvida, um grande camarada. Numa dessas conversas em que as horas passam largas, chegamos a conclusão óbvia de que o que vale mesmo, é o amor acima de tudo.
Mas antigamente, para se dar bem nas noites de boêmia, resolvia assumir a identidade de Delegado de Policia. O lance, segundo ele, pegava. As donas de bordel, com medo de ver seus estabelecimentos lacrados pela “autoridadi”, mandavam o melhor uísque da casa para o “Doutor Caju” e os policiais que andavam com ele a paisana – os amigos. As “frangas” mais jeitosas passavam primeiro pela “aprovação” do Doutor. Quando não estava na sua posição de homem da lei, esperava longas tardes a beira mar, um “broto” que valesse a pena passar. Apenas para bater um papo sem “segundas intenções”, porque ele estava num momento de “profunda solidão”.
Apesar de toda historia ser aumentada, posso dizer que o cara é um desses malandros aposentados. “Que nunca usou a navalha. Tem mulher e filho e casa e tal. E mora lá longe na praia”. Isso pra poder parodiar a musica do Chico Buarque. Porque sinceramente, quando vou pra lá, nunca perco a viagem. Sem duvida, um grande camarada. Numa dessas conversas em que as horas passam largas, chegamos a conclusão óbvia de que o que vale mesmo, é o amor acima de tudo.
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