Cidades, praia e gente
Findou-se mais um dia de ócio. Só mais um. Agora é começo de madrugada. Me acompanha nessa empreitada, um volumoso caneco de café. Sei que não vou acordar com o som do despertador às 07:30 da manhã. Estou de férias.
O grande barato das madrugadas é o silêncio. O telefone não toca incessantemente, ninguém perturba, o barulho dos carros não irrita. O silêncio tem esse poder: abre lacunas no cérebro. Preencho pensando vagamente em cidades e gente.
Estou em Balneário Camboriu. Gosto daqui porque é uma cidade cosmopolita. De puta a modelo, de argentino a uruguaio, de muambeiro a salafrário. É gente de todos os jeitos, de todas as maneiras. Gosto de ser um desconhecido no meio da massa.
Penso em Curitibanos. O grande defeito de cidades pequenas do interior é que a maioria dos habitantes te conhecem. Cruzei com um travesti, ontem. Cidadãos exóticos como esse, “não se criam” por lá. A população quer saber o que você faz da vida, quem são os teus amigos, qual é o teu sobrenome. Todos se conhecem, mas “aparencialmente”, superficialmente.
Talvez aqui não seja tão diferente assim. Mas as pessoas que você cruza no seu dia-a-dia são desconhecidos. Um turista, aposentado, morador. É apenas mais um na rua.
Final de tarde, vou à praia para ver aquela imensidão de mar. E me sinto na “Beira Mar”, do Zé Ramalho: “Além, muito além onde quero chegar/ Caindo a noite me lanço no mundo/ Além do limite do vale profundo/ Que sempre começa na beira do mar.” Metade das minhas férias já se foram.
O grande barato das madrugadas é o silêncio. O telefone não toca incessantemente, ninguém perturba, o barulho dos carros não irrita. O silêncio tem esse poder: abre lacunas no cérebro. Preencho pensando vagamente em cidades e gente.
Estou em Balneário Camboriu. Gosto daqui porque é uma cidade cosmopolita. De puta a modelo, de argentino a uruguaio, de muambeiro a salafrário. É gente de todos os jeitos, de todas as maneiras. Gosto de ser um desconhecido no meio da massa.
Penso em Curitibanos. O grande defeito de cidades pequenas do interior é que a maioria dos habitantes te conhecem. Cruzei com um travesti, ontem. Cidadãos exóticos como esse, “não se criam” por lá. A população quer saber o que você faz da vida, quem são os teus amigos, qual é o teu sobrenome. Todos se conhecem, mas “aparencialmente”, superficialmente.
Talvez aqui não seja tão diferente assim. Mas as pessoas que você cruza no seu dia-a-dia são desconhecidos. Um turista, aposentado, morador. É apenas mais um na rua.
Final de tarde, vou à praia para ver aquela imensidão de mar. E me sinto na “Beira Mar”, do Zé Ramalho: “Além, muito além onde quero chegar/ Caindo a noite me lanço no mundo/ Além do limite do vale profundo/ Que sempre começa na beira do mar.” Metade das minhas férias já se foram.
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