As férias sempre acabam
Foram quinze dias proveitosos.
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Além de viajar pra Balneário, também estive em Floripa, visitando o Ciro, meu bróder do peito e comparsa de festas. Conheci pessoalmente a UFSC. Marcamos presença na famosa‘Festa no Iate’. Foram R$ 10,00 bem pagos. O lance é assim, o iate vai até uma certa distância e fica parado no meio do mar para que você possa desfrutar de uma das melhores vistas panorâmicas da ilha. É, essas festinhas universitárias da UFSC são bem criativas, são bem fascinantes.
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Conversei com um chileno, o Seu Pablo, refugiado em Santa Catarina desde 1975. Ditadura Militar, Pinochet, 1973. Putaqueopariu, o velho é um livro de história ao vivo. É uma pena um senhor desses ficar três anos na fila do INSS tentando se aposentar.
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Mais gente. Falei do estrangeiro, agora é a vez do evangélico. Por sorte do destino, foi parar na Igreja do Evangelho Quadrangular aos 23 anos, quando estava à beira da morte. Bebia demais. Nas nossas conversas falava de um pastor que ‘pregava muito’.
Dizia ele numa delas: “Começou a pregar para oitenta, depois trezentos, oitocentos, mil, dois mil, quatro mil! Já pregou em vários países da África, agora vai para a Europa!”. Será esse pastor pregador o novo messias?
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Sebos também. Garimpei praticamente todos em Balneário. Foram algumas horas à procura de clássicos que me agradaria muito devorar e mais algumas obras que preciso ler para o vestibular. Enalteceu meus olhos o ‘Romance Negro’ do Rubem Fonseca, que custou a pechincha de R$ 3,00. A biografia de Machado de Assis também saiu pelo mesmo preço. E ainda comprei outros não-literários, mas como o mesmo poder de fogo. Dá pra achar muita coisa boa nos sebos, mas clássicos no nível de Dostoievski, são raros. É aquela velha lei da oferta e procura: o que é bom sai bem rápido.
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Pra finalizar, os clássicos.Pois bem, não os encontrei nos sebos, mas eles chegaram até mim. O que me deixou intrigado foi o local: no lado da lixeira de um prédio próximo a casa do meu tio, estava uma pilha com 20 livros. Não tive vergonha de levá-los para casa porque entre eles tinha ‘Noites Brancas’ de Dostoievski, ‘A manhã de um senhor’ de Tolstoi, além de Shakespeare e Oscar Wilde.
Absurdo? Concordo. Talvez fossem apenas tranqueiras juntando pó e uma ricaça – imagino ser mulher – teve essa “genial idéia” de joga-los justamente no lixo. Mas de qualquer forma, a casa agradece pelo Dostoieviski.
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Além de viajar pra Balneário, também estive em Floripa, visitando o Ciro, meu bróder do peito e comparsa de festas. Conheci pessoalmente a UFSC. Marcamos presença na famosa‘Festa no Iate’. Foram R$ 10,00 bem pagos. O lance é assim, o iate vai até uma certa distância e fica parado no meio do mar para que você possa desfrutar de uma das melhores vistas panorâmicas da ilha. É, essas festinhas universitárias da UFSC são bem criativas, são bem fascinantes.
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Conversei com um chileno, o Seu Pablo, refugiado em Santa Catarina desde 1975. Ditadura Militar, Pinochet, 1973. Putaqueopariu, o velho é um livro de história ao vivo. É uma pena um senhor desses ficar três anos na fila do INSS tentando se aposentar.
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Mais gente. Falei do estrangeiro, agora é a vez do evangélico. Por sorte do destino, foi parar na Igreja do Evangelho Quadrangular aos 23 anos, quando estava à beira da morte. Bebia demais. Nas nossas conversas falava de um pastor que ‘pregava muito’.
Dizia ele numa delas: “Começou a pregar para oitenta, depois trezentos, oitocentos, mil, dois mil, quatro mil! Já pregou em vários países da África, agora vai para a Europa!”. Será esse pastor pregador o novo messias?
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Sebos também. Garimpei praticamente todos em Balneário. Foram algumas horas à procura de clássicos que me agradaria muito devorar e mais algumas obras que preciso ler para o vestibular. Enalteceu meus olhos o ‘Romance Negro’ do Rubem Fonseca, que custou a pechincha de R$ 3,00. A biografia de Machado de Assis também saiu pelo mesmo preço. E ainda comprei outros não-literários, mas como o mesmo poder de fogo. Dá pra achar muita coisa boa nos sebos, mas clássicos no nível de Dostoievski, são raros. É aquela velha lei da oferta e procura: o que é bom sai bem rápido.
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Pra finalizar, os clássicos.Pois bem, não os encontrei nos sebos, mas eles chegaram até mim. O que me deixou intrigado foi o local: no lado da lixeira de um prédio próximo a casa do meu tio, estava uma pilha com 20 livros. Não tive vergonha de levá-los para casa porque entre eles tinha ‘Noites Brancas’ de Dostoievski, ‘A manhã de um senhor’ de Tolstoi, além de Shakespeare e Oscar Wilde.
Absurdo? Concordo. Talvez fossem apenas tranqueiras juntando pó e uma ricaça – imagino ser mulher – teve essa “genial idéia” de joga-los justamente no lixo. Mas de qualquer forma, a casa agradece pelo Dostoieviski.